O USO DE ARQUIVOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: ENTRE ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS E TÁTICAS COTIDIANAS

Autores

DOI:

10.55928/ACERVO.2675-2646.2025.7.178

Palavras-chave:

Educação Matemática, Arquivos Históricos, Estratégias e táticas

Resumo

Este artigo explora o uso de arquivos institucionais e pessoais na investigação da Educação Matemática, analisando documentos históricos à luz das categorias teóricas de Michel de Certeau, com ênfase na distinção entre "estratégias" institucionais e "táticas" cotidianas. Utilizando uma abordagem qualitativa e uma revisão sistemática da literatura, o estudo revisa dissertações e teses que utilizam arquivos como fontes primárias para examinar o ensino de matemática. Os resultados mostram como estratégias institucionais, como o Movimento da Matemática Moderna e o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), foram adaptadas por professores para atender às realidades de suas salas de aula. Considera-se que a preservação e análise de documentos históricos são essenciais para enriquecer as práticas pedagógicas contemporâneas, fornecendo uma compreensão mais profunda das dinâmicas sociais e culturais envolvidas no ensino da matemática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Eduardo Petronilho Boiago, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Referências

ALMEIDA, Andre Francisco de. Processos e dinâmicas de produção de novas matemáticas para o ensino e para a formação de professores: a expertise de Lydia Lamparelli, São Paulo (1961-1985). Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência, Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2021.

ARTIGUE, Michele; DOUADY, Régine. A didática da matemática em França. Revista Quadrante, v. 2, n. 2, p. 41-67, 1993.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

CELLARD, André. A análise documental. In: POUPART, Jean; DESLAURIERS, Louis-H.; GROULX, Jacques-Henri; LAPERRIÈRE, André; MAYER, Raymond; NGUYÊN THANH, Apollinaire (Org.). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008. p. 295-316.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 1994.

CHARTIER, Roger. A história cultural. Entre práticas e representações. Lisboa: Difel, v. 1, p. 12, 1990.

CHERVEL, André. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Revista Teoria e Educação, n. 2, 1990. Porto Alegre: UFRGS, 1990.

COOK, Terry. Arquivos pessoais e arquivos institucionais: para um entendimento arquivístico comum da formação da memória em um mundo pós-moderno. Revista Estudos Históricos, v. 21, 1998, p. 129-139.

FIORENTINI, Dario; MIORIM, Maria Ângela (Org.). Por trás da porta, que matemática acontece? Campinas, SP: Editora Graf. FE/Unicamp - Cempem, 2001.

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 5. ed. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Universidade São Francisco, 2003.

GARNICA, Antonio Vicente Marafioti; SOUZA, Luzia Aparecida de. Elementos de história da educação matemática. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. (Coleção PROPG Digital - UNESP)

HALL, Stuart. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação & Realidade, v. 22, n. 2, p. 15-46, 1997.

JÚLIA, Dominique. Construccíon de lãs disciplinas escolares em europa. In: BERRIO, Julio Ruiz (Ed.). La cultura escolar de Europa: tendencias históricas emergentes. Madrid: Edit. Biblioteca Nueva, 2000. p. 45-78.

LE GOFF, J. História e memória. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2003.

LOPES, Alice Casimiro. Interpretando e produzindo políticas curriculares para o ensino médio. In: FRIGOTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria (Org.). Ensino médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: Secretaria de Educação Média e Tecnológica. MEC-Semtec, 2004. p. 191-206.

MAGALHÃES, Justino P. de. Breve apontamento para a história das instituições educativas. In: SANFELICE, José Luís; SAVIANI, Dermeval; LOMBARDI, José Claudinei (Org.). História da educação: perspectivas para um intercâmbio internacional. Campinas: Autores Associados: HISTEDR, 1999. p. 6-72.

MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa; CANDAU, Vera Maria. Educação escolar e cultura (s): construindo caminhos. Revista Brasileira de Educação, n. 23, p. 156-168, maio/ago. 2003.

NEVES, Clarissa; MARTINS, Elaine. Memória e escolarização: por uma história da educação. Revista Educação e Realidade, v. 33, p. 221-236, 2008.

PINTO, Antônio Henrique. Educação matemática e formação para o trabalho: práticas escolares na Escola Técnica de Vitória. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006.

REIS, Diogo Alves de Faria. História da formação de professores de matemática do ensino primário em Minas Gerais: estudos a partir do acervo de Alda Lodi (1927 a 1950). Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

SACRISTÁN, José G. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.

SANTOS, Glaucia Cristiane Cardoso. O ciclo básico de alfabetização cidadã e o ensino de matemática na rede municipal de Várzea Grande. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Ensino, Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2022b.

SANTOS, Lilian Santi dos. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - O ensino de matemática na rede municipal de Várzea Grande (2013-2018). Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Ensino, Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2022a.

SILVA, Angela Regina da. Apropriações da filosofia montessoriana para o ensino de matemática nos cadernos do Colégio Maria Montessori de Campo Grande MS (1980-1999). Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Educação Matemática, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2023a.

SILVA, Marylucia Cavalcante. A matemática para a escola de oito anos: contribuições de Amabile Mansutti e Lydia Lamparelli. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação e Saúde na Infância e na Adolescência, Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos, 2023b .

STAKE, Robert Edward. Investigación con estudio de casos. 4. ed. Madrid: Ediciones Morata, 2007.

THOMPSON, E. Palmer. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A., 1981.

VIDAL, Diana Gonçalves. Por uma ampliação da noção de documento escolar. In: NASCIMENTO, Maria Isabel Moura; SANDANO, Wilson; LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Dermeval (Org.). Instituições escolares no Brasil: conceito e reconstrução histórica. Campinas: Autores Associados, 2007.

FRAGO, Antonio Viñao. Culturas escolares, reformas e innovaciones educativas. Con-ciencia social: anuario de didáctica de la geografía, la historia y las ciencias sociales, n. 5, p. 25-46, 2001.

YIN, Robert K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Tradução: Daniel Bueno. Revisão técnica: Dirceu da Silva. Porto Alegre: Penso, 2016.

Downloads

Publicado

2025-05-01

Métricas


Visualizações do artigo: 19     PDF downloads: 17

Como Citar

PETRONILHO BOIAGO, Carlos Eduardo. O USO DE ARQUIVOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA: ENTRE ESTRATÉGIAS INSTITUCIONAIS E TÁTICAS COTIDIANAS. ACERVO - Boletim do Centro de Documentação do GHEMAT-SP, São Paulo, v. 7, 2025. DOI: 10.55928/ACERVO.2675-2646.2025.7.178. Disponível em: https://ojs.ghemat-brasil.com.br/index.php/ACERVO/article/view/178. Acesso em: 14 maio. 2025.

Edição

Seção

Dossiê temático: Arquivos para pesquisa em História da educação matemática

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.